O setor de saúde suplementar no Brasil registrou uma redução notável nas reclamações contra operadoras de planos de saúde. Dados recentes da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) indicam uma queda de 17% no volume de queixas entre janeiro e junho de 2025, em comparação com o mesmo período do ano anterior.

Neste semestre, foram contabilizadas aproximadamente 160 mil reclamações, um decréscimo em relação às 193 mil registradas em 2024. No entanto, o volume de queixas ainda se mantém superior aos 156 mil casos observados no primeiro semestre de 2023, demonstrando uma flutuação nas demandas dos consumidores. As áreas com as maiores reduções incluem reembolsos, com uma diminuição de 34%, e liberações de procedimentos, que apresentaram queda de 26%.

A ANS atribui essa melhora às suas iniciativas regulatórias, normativas de fiscalização e ao monitoramento constante das demandas, incluindo a meta de “NIP zero”. Em paralelo, as operadoras de planos de saúde têm reportado avanços significativos na resolução de questões em primeiro contato e na otimização de seus canais internos de comunicação, o que contribui diretamente para a satisfação do beneficiário e a redução de atritos.

Apesar da diminuição das reclamações administrativas, o cenário da judicialização na saúde suplementar apresenta um movimento inverso. Houve um aumento de 7% nas novas ações judiciais em 2025, com 126 mil processos abertos entre janeiro e maio, comparado a 118 mil no mesmo período de 2024. Este dado sugere que, embora as questões de menor complexidade possam estar sendo resolvidas administrativamente, as demandas mais complexas continuam a migrar para a esfera judicial.

Operadoras como Amil e Hapvida destacam-se por registrar reduções expressivas em suas reclamações, atribuindo o sucesso a investimentos contínuos na experiência do cliente e na aprimorada comunicação interna. Esses resultados reforçam a importância de estratégias focadas no consumidor para o fortalecimento do relacionamento e a construção de um ambiente mais transparente no setor de planos de saúde.

Fonte: Futuro da Família